Mas o quero dizer aqui não é sobre mim, nem sobre o parkour que eu pratico, na verdade é sobre a totalidade dele, ele não só em nosso país, mas no mundo.
O Jean criou um tópico onde puxava questões simples, e quando vimos este tópico simples tinha virado um gigantesco debate, percebemos que a simplicidade não era vista por todos e seus conceitos eram diferenciados nas opiniões de cada praticante, por muitas vezes distorcidos, e nem nos dávamos conta disso.
Quero divagar sobre o que ele perguntou numa linha tacanha ao padrão do que eu acreditava ser o parkour:
1) Aquilo que o David Belle fez/criou/divulgou;
Imagine que você criou algo inédito, mesmo esta criação sendo regada de outras culturas e costumes, mas mesmo assim inédita em seu modo de influenciar, se aplicar e ter uma finalidade. Você cria algo espetacular que se propaga, pessoas começam a partilhar e a difundir por elas mesmas sua criação. Dentro de um tempo muitas pessoas já conhecem sua criação, utilizam dela, mas poucas realmente ainda a tem como foi retirada da fonte. Imagine agora essa sua coisa sendo alterada pelas pessoas, distorcida e tendo suas razões ignoradas, como você se sentiria? O parkour é uma criação do Belle, ele como criador decidiu que rumo ele queria para aquilo, mas hoje temos tantos rostos brilhando neste meio que os seguimos e damos razão para o que dizem. O ponto onde quero chegar é que por mais que tenhamos cada um o seu ideal de parkour não acho o direito de nós pegarmos e travesti-lo de uma outra maneira simplesmente porque nos convém.
2) O que os praticantes fazem;
Os praticantes de parkour o faz de diversas maneiras, e se existe somente uma forma correta claramente uma grande porcentagem o faz errado, e porque não dizer “NÃO O FAZEM”. Sendo assim não devemos seguir que parkour é aquilo feito pelos praticantes errôneos.
3) O que os outros enxergam.
O que os outros enxergam obviamente não é, já que sabemos que além da movimentação existe uma filosofia/aprendisagem por traz de tudo e as pessoas de fora desconhecem.
4) outro?
Outros? Hummm... MTV? Documentários mal instruídos? Blogs? Documentários bem instruídos? Orkut? Depende muito mal entendido se forma e se muitos também se solucionam através de alguns destes meios.
Não vou concluir porque estou no escritório, vou ter que parar e duvido retomar este texto com a mesma linha de raciocínio que iniciei!
2 opniões!:
Em sua correria ao escrever e em seu pouco tempo pra levar o assunto adiante, você conseguiu ser mais direto e coerente do que os milhares de textos que sairam naquela comunidade.
Eu evitei de dar minha opinião por lá porque a coisa toda já estava bem fora de controle e acho que eu só iria piorar a situação.
Mas uma coisa que você falou aí em cima eu abraço violentamente:
"O Jean criou um tópico onde puxava questões simples, e quando vimos este tópico simples tinha virado um gigantesco debate, percebemos que a simplicidade não era vista por todos e seus conceitos eram diferenciados nas opiniões de cada praticante, por muitas vezes distorcidos, e nem nos dávamos conta disso."
E sabe o pior? O Jean é muito grosso e arrogante quando as pessoas não conseguem ser diretas e coerentes com o que se pergunta. E apesar de eu brigar muito com ele por ele ser assim... dessa vez ele tem razão.
Muita gente bate no peito pra dizer que faz a parkour a "n" anos, e reclamam e torcem o rosto quando um debate desse tipo é iniciado. Porém, essas mesmas pessoas são muitas vezes incapazes de manter o diálogo claro e responder de forma simples o que foi perguntado.
E aí? Já somos realmente "maduros" para ignorar esse tipo de questionamento?
Suas deduções foram perfeitas Ciro. Não somente porque atinge em cheio o motivo da criação daquele tópico, mas porque não se ilude no preconceito e abre a mente para tirar sua propria conclusão (já que o que a grande maioria faz é repetir conceitos de outros feito papagaios).
Boa Ciro. Aguardo pelo restante.
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