M E U P A R K O U R | pt. 01

“Um velho risco e a vida se desfaz... em poucos minutos”

-PATO FU

Essa musica do Pato Fu mais o post que o Santigas postou no BR Tracer onde uma senhora gritava “não vale a pena” pro Millano são interessantemente ligadas e me soou familiar.

Uma vez ocorreu comigo quase o mesmo, mas a senhora não gritava, ela não dizia, ela apenas perguntava... Ela perguntou primeiro “Por quê?” e depois “Vale a Pena?”.

Por que a maioria dos traceus sabe para si o porquê de praticar parkour e não consegue expor isso claramente ou de uma maneira que as pessoas que não praticam no mínimo compreendam. Os meus “por quês” não são os mesmos todos os dias, todos os treinos, semana passada foi para ter o prazer de treinar com o Vitor de São Carlos, mês retrasado porque eu queria treinar com o Kako de Novo Horizonte, em dezembro era pra ir em BH e ver todo mundo, terça porque estava estressado, sábado agora porque vou puxar treino para iniciantes, domingo porque vou treinar em Americana e por ai vai.

Meu parkour de cada treino não é o mesmo sempre, não também que eu pratique apenas pelas outras pessoas, mas 50% do meu parkour é motivado por outras pessoas que conheci por praticar (família nunca apóia!). Não sou do tipo que treina parkour todo dia, isso eu confesso, não tenho tempo e isso não uso como desculpa, é a realidade pra mim, e isso é outro “porque” já que eu não treino pra ser ótimo e admirado, não busco isso. Iniciei parkour como uma atividade física que eu sentia da qual precisava, depois divertimento, aprendi sobre a seriedade da pratica, hoje é a maioria das coisas que faço, me deixa tentar explicar melhor... A maioria das coisas que faço, por que tento colocar o aprendizado e o que absorvi das técnicas e da postura no meu dia a dia, já ouvi de outra pessoa que pratica dizer que estava jogando bola e quando o time adversário fez gol ele comemorou e depois que viu os olhos estranhos do pessoal do próprio time, a ausência da competição no parkour é o que mais me atrai pra ele, apesar de crer que esta ausência é superficial, mas isso fica pra outro POST.

Sobre “valer a pena ou não” escrevo no próximo texto se não fica longo de mais...