P A R K O U R

“Suas emoções são suas emoções, mas você precisa aprender a pensar por si próprio.”

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

[Debate] Parkour é ...

As necessidades minhas dentro do parkour mudaram dês de quando iniciei a pratica. Quando comecei imaginava que "ha daqui um ano eu vou ta pulando horrores", se passou um ano e o que vi foi um amadurecimento de idéias, mas poucas mudanças nos movimentos, comparado ao que eu acreditei que poderia estar dentro de um ano. No inicio eu não comecei esperando algo, querendo chegar a um lugar, muito menos com uma meta traçada, eu apenas treinava e tentava ter pessoas fazendo o mesmo junto comigo. Consegui pessoas temporárias, que iam e voltavam aos treinos, na grande maioria treinei com iniciantes, o que foi bom, pois a quantidade de vezes que eu parava pra explicar e ensinar me resultou numa preparação para me defrontar com perguntas de leigos.
Mas o quero dizer aqui não é sobre mim, nem sobre o parkour que eu pratico, na verdade é sobre a totalidade dele, ele não só em nosso país, mas no mundo.
O Jean criou um tópico onde puxava questões simples, e quando vimos este tópico simples tinha virado um gigantesco debate, percebemos que a simplicidade não era vista por todos e seus conceitos eram diferenciados nas opiniões de cada praticante, por muitas vezes distorcidos, e nem nos dávamos conta disso.
Quero divagar sobre o que ele perguntou numa linha tacanha ao padrão do que eu acreditava ser o parkour:

1) Aquilo que o David Belle fez/criou/divulgou;
Imagine que você criou algo inédito, mesmo esta criação sendo regada de outras culturas e costumes, mas mesmo assim inédita em seu modo de influenciar, se aplicar e ter uma finalidade. Você cria algo espetacular que se propaga, pessoas começam a partilhar e a difundir por elas mesmas sua criação. Dentro de um tempo muitas pessoas já conhecem sua criação, utilizam dela, mas poucas realmente ainda a tem como foi retirada da fonte. Imagine agora essa sua coisa sendo alterada pelas pessoas, distorcida e tendo suas razões ignoradas, como você se sentiria? O parkour é uma criação do Belle, ele como criador decidiu que rumo ele queria para aquilo, mas hoje temos tantos rostos brilhando neste meio que os seguimos e damos razão para o que dizem. O ponto onde quero chegar é que por mais que tenhamos cada um o seu ideal de parkour não acho o direito de nós pegarmos e travesti-lo de uma outra maneira simplesmente porque nos convém.
2) O que os praticantes fazem;
Os praticantes de parkour o faz de diversas maneiras, e se existe somente uma forma correta claramente uma grande porcentagem o faz errado, e porque não dizer “NÃO O FAZEM”. Sendo assim não devemos seguir que parkour é aquilo feito pelos praticantes errôneos.
3) O que os outros enxergam.
O que os outros enxergam obviamente não é, já que sabemos que além da movimentação existe uma filosofia/aprendisagem por traz de tudo e as pessoas de fora desconhecem.
4) outro?
Outros? Hummm... MTV? Documentários mal instruídos? Blogs? Documentários bem instruídos? Orkut? Depende muito mal entendido se forma e se muitos também se solucionam através de alguns destes meios.

Não vou concluir porque estou no escritório, vou ter que parar e duvido retomar este texto com a mesma linha de raciocínio que iniciei!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E U V O L T E I

Necessidades e complexibilidades que envolvem o parkour e quem o pratica e a torrencial quantidade de textos que dele surge. Realmente eu não tenho muito tempo para me dedicar ao parkour, infelizmente a cada mês este tempo se encurta um pouco mais. Resolvi entrar na comunidade Parkour Brasil pra ler e tomei uma enxurrada de pessoas novas por lá, seguidos de tópicos com assunto que nem esperava ver, com encontros marcados e gringos por vir que de longe eu estava sabendo. Não tenho mais merda de tempo para treinar, ler, acompanhar, ver vídeos ou qualquer outra coisa. Estou me focando em tentar colocar isso nos trilhos, isto é, voltar a ter “o meu tempo”, não o tempo do trabalho, faculdade e memes da vida, mas o tempo que dedico fazendo o que eu queria.



Me sinto muito deslocado quando vejo pilhagens de novidades e não consigo acompanhá-las, são blogs de amigos que não li, vídeos novo e discuções novas. Mas há um tempo eu abri mão de tudo isso e parece que esqueci porque. Hoje me lembrando de porque estou tão afastado de tudo isso me retorno ao que pensava e vi que não tem porque estar acompanhando tudo isso, eu tenho minha idéia formada, não é porque um grupo de pessoas chegou a conclusão que parkour é esporte e radicalismo faz parte dele que eu devo aceitar. Eu preferia o tempo quando minha diversão maior era conversar com meus amigos de parkour sobre assuntos fora da pratica, sobre como vai às coisas e falar muita merda. Agora parece que eles também sumiram, parece que não tem mais tempo também, parece que a cada ano as pessoas menos tempo tem para fazer o que gostam (clique aqui).



Eu sinto falta de poder colocar minhas idéias neste blog, tantos assuntos bons vieram em mente e sumiram por falta de tempo de simplesmente anotá-los na merda de um pedaço de papel. Mas creio eu que estou voltando.


segunda-feira, 8 de março de 2010

D E S I S T O

Eu me demito!

Me demito do parkour! – Eu posso fazer isso? - Pensei comigo! – “Me demito dessa dureza!” – Juntei minha polibarra, minha thorc, meu moletom cinza e branco, minhas camisas de encontros, filmagens salvas e jogue tudo fora. Sentei no sofá, liguei o DVD e passei a curtir o aconchego do fácil e pratico.

Porque eu vou perder meu fim de semana indo na frente de um muro esfolar minhas mãos, criar calos que mais parecem cascos, como disse minha namorada, ficar naquele sol que parece rir da minha cara.

Porque vou gastar dinheiro viajando e ao chegar ao invés de conhecer a cidade me isolarei com algumas pessoas e ficarei correndo, pulando, caindo, me sujando, machucando e ficando cansado a noite a ponto de não querer sair e sim cair na cama?

Porque vou filmar meu “exibicionismo” e perder tempo editando?

Realmente, só idiotas deixam de se divertir para sair com algumas pessoas e se alto flagelar com o que chamamos de parkour.

Pra que ficar diante de uma coisa que me deu medo, tentar superá-lo sabendo que posso sair dali muito machucado, ou simplesmente deixar isso pra traz e voltar pra casa? Seria mais fácil meu sofá e minha coleção de FRIENDS passando numa 42”, há sim, seria bem mais fácil!

Porque? Vou variar, vou sair disso tudo e passar o dia gastando gasolina rodando a cidade vendo o movimento, no conforto do ar condicionado, protegido por insulfilm G5.

Porque fazer tudo isso que tanto me desgasta?

Pra que tanto desgaste e contusões?

Porque escolher o difícil?

Porque no final compensa!

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